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A cada semana da Quaresma faremos a publicação de um texto que compõe um itinerário de reflexão e oração em preparação para a Páscoa. Os textos são retirados de um material produzido pelo padre doutor Leonardo Agostini Fernandes, (www.estudosbiblicos.teo.br), professor de Teologia da PUC-Rio, que gentilmente o cedeu para publicação no site.
O Tempo da Quaresma inicia-se na Quarta-feira de Cinzas e termina na celebração da Missa in Coena Domini que, igualmente, marca o início do Tríduo Santo. Este culmina na solene Vigília Pascal e termina com as Vésperas do Domingo da Ressurreição.
Nesse Tempo, a liturgia proporciona aos batizados uma oportunidade de renovação e de reavivamento da fé, pelo qual o fiel, por Jesus Cristo, experimenta uma nova imersão no Mistério Pascal.
Um itinerário que faz passar da morte à vida
O Tempo da Quaresma é um caminho espiritual que sintetiza um longo percurso ascético e sacramental, pelo qual passou e deve continuar passando a comunidade cristã que, por natureza, é missionária e, portanto, é chamada a dar o seu testemunho coerente de vida em Jesus cristo por palavras e ações. E este caminho serve para “ensinar-nos como obter a vitória” (Santo Agostinho. Comentário ao Salmo 60,3).
É um caminho ascético, porque, no Espírito Santo, permite ascender da vida no pecado à vida na graça. Por isso, é um caminho de renúncias e de lutas, principalmente, interiores, pois é no próprio íntimo que o ser humano encontra a raiz da sua desobediência a Deus e a sua falta de amor por si, pelo seu próximo e pela criação que geme, sofre e aguarda a revelação dos filhos de Deus (Rm 8,19).
É um caminho sacramental, porque a comunidade de fé e cada fiel encontra nela à sua disposição a oportunidade de um renovado e vivo encontro com Jesus Cristo, pelo qual experimenta, na unção do Espírito Santo, a passagem da morte à vida, da escravidão do pecado à liberdade de filhos e filhas de Deus (Rm 8,21), para a glória de Deus Pai.
Prefácio da Quaresma I
Como se preparar para a Páscoa
Na verdade é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso.
Vós concedeis aos cristãos esperar com alegria, cada ano, a festa da Páscoa. De coração purificado, entregues à oração e à prática do amor fraterno, preparamo-nos para celebrar os mistérios pascais, que nos deram vida nova e nos tornaram filhas e filhos vossos.
Por essa razão, agora e sempre, nós nos unimos aos anjos e a todos os santos, cantando (dizendo) a uma só voz
Lc 18,9-14
(Como se preparar para a Páscoa)
9 Para alguns que confiavam na sua própria justiça e desprezavam os outros, Jesus contou esta parábola: “10 Dois homens subiram ao templo para orar. Um era fariseu, o outro publicano. 11 O fariseu, de pé, orava assim em seu íntimo: ‘Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros, ladrões, desonestos, adúlteros, nem como este publicano. 12 Jejuo duas vezes por semana e pago o dízimo de toda a minha renda’. 13 O publicano, porém, ficou a distância e nem se atrevia a levantar os olhos para o céu; mas batia no peito, dizendo: ‘Meu Deus, tem compaixão de mim, que sou pecador!’ 14 Eu vos digo: este último voltou para casa justificado, mas o outro não. Pois quem se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado”.
Pontos para reflexão
Tenho vida de oração?
Pauto minhas orações na Palavra de Deus?
Percebo a íntima relação que existe entre a oração e a prática do amor fraterno?
“Enquanto vivemos neste mundo, não podemos estar sem trabalhos e tentações. Por isso lemos no livro de Jó (7,1): É um combate a vida do homem sobre a terra. Cada qual, pois, deve estar acautelado contra as tentações, mediante a vigilância e a oração, para não dar ocasião às ilusões do demônio, que nunca dorme, mas anda por toda parte em busca de quem possa devorar (1 Pd 5,8).”
[Imitação de Cristo, Liv. 1º, Cap. 13,1]
* Autor: Pe. Dr. Leonardo Agostini Fernandes
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