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Por: DOM PAULO MENDES PEIXOTO
BISPO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – SP
www.bispado.org.br
Muita gente define sua estrutura de vida pelo valor econômico, em dinheiro, do que tem. Ele é aderente indispensável na vida das pessoas, levando até a atitude de descontrole e violência. Um apego ao dinheiro, sem critério, acaba desvirtuando o sentido de ser pessoa.
Realmente o dinheiro é fascinante e tem um poder grande de domínio sobre nós. Mas a questão não está no estado de riqueza, está na forma de relacionamento que temos com o dinheiro e com os bens que o produzem. Não é a quantidade acumulada, mas o trato que temos com ela.
Na dinâmica atual podemos dizer que o Estado é rico, contribuindo para a riqueza de alguns privilegiados, deixando uma relevante massa da população na pobreza, e até na marginalidade. Sem um controle institucional sério, uns ficam ricos à custa do sofrimento dos outros.
Normalmente o excesso desmedido de uns acontece com a falta do necessário para a sobrevivência de muitas pessoas. Isto significa que o luxo da classe dominante é sempre pago por alguém desvestido da possibilidade de uma vida mais confortada. Significa má distribuição dos bens da vida.
O dinheiro tem força para alienar o ser humano e de cortar a sua comunicação com Deus. Ele é endeusado por quem é materializado e diminuído na sua dignidade como pessoa humana. Com isto, não deixa de ser um fim em si mesmo e a única fonte de realização da pessoa.
É louvável o papel do rico que consegue libertar o pobre de sua condição sofrida. Não podemos dizer que o rico seja mau, ladrão, desonesto e injusto se os seus bens têm função humana e social, principalmente se ele está preocupado com a dignidade do irmão.
Interessante que o destino do rico é o mesmo do pobre. Ambos vão parar na sepultura, levando consigo apenas a boas obras realizadas a favor dos irmãos. As mãos não podem estar vazias. É preciso construir obras de eternidade, que contam no julgamento final. Corremos o risco do acúmulo desnecessário e perder o sentido da vida.
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