A Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca que o tabaco mata mais de 8 milhões de pessoas anualmente. Desse total, mais de 7 milhões de mortes resultam do uso direto do tabaco, enquanto por volta de 1,2 milhão são de não fumantes expostos ao fumo passivo. Aproximadamente 80% dos fumantes do mundo vivem em países de baixa e média renda, onde o impacto das doenças relacionadas ao tabaco é mais severo.
O tabaco, derivado da planta Nicotiana tabacum, contém nicotina, uma substância altamente viciante. Seus produtos incluem cigarros, charutos, cachimbos, narguilés, rapé, fumo de rolo e dispositivos eletrônicos para fumar. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu em 2024 a fabricação, importação, comercialização e propaganda de dispositivos eletrônicos para fumar.
A nicotina se dissemina por todo o corpo, atingindo pulmões, cérebro, saliva, suco gástrico, leite materno, músculos e líquido amniótico. O tabagismo é um fator contribuinte para diversos tipos de câncer, incluindo leucemia mieloide aguda, câncer de bexiga, pâncreas, fígado, colo do útero, esôfago, rim, laringe, cavidade oral, faringe, estômago, cólon, reto, traqueia, brônquios e pulmão.
Além do câncer, o tabagismo está ligado a doenças crônicas não transmissíveis como tuberculose, infecções respiratórias, úlceras gastrointestinais, impotência sexual, infertilidade, osteoporose e catarata. Produtos de tabaco que não produzem fumaça também são riscos para câncer de cabeça, pescoço, esôfago e pâncreas, além de várias patologias bucais.
No Brasil, 477 pessoas morrem diariamente devido ao tabagismo, gerando um custo de R$ 153,5 bilhões para o sistema de saúde e a economia. Anualmente, 145.077 mortes poderiam ser evitadas, sendo as principais causas doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) (40.567), doenças cardíacas (30.871), outros cânceres (29.352), câncer de pulmão (26.583), tabagismo passivo (20.010), pneumonia e outras causas (11.745), acidente vascular cerebral (AVC) (9.513) e diabetes tipo II (5.294).
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