No dia 30 de agosto, o projeto social Pequenas Vozes do Carmelo completou 13 anos de história e transformação de vidas através da música e do canto. O projeto é uma das obras sociais atendidas pela Rede de Assistência Carmelitana da Província Carmelitana Fluminense.
Para celebrar esta data especial, foi realizada uma missa em Ação de Graças, que contou com beneficiários, famílias, amigos, parceiros, voluntários e representantes da São Martinho. Na homilia, Frei Eduardo, O.Carm, refletiu sobre as crianças e adolescentes não pularem a fase que cada um está vivendo e viver com dignidade enquanto criança e adolescentes, pois tudo tem o seu tempo. Em seguida, todos se reuniram no salão paroquial para o bolo de aniversário.
O Pequenas Vozes atende crianças e adolescentes de 6 a 17 anos em situação de vulnerabilidade social no cidade do Rio de Janeiro, tendo sua sede na Lapa.
Criado em 2009 para promover e defender os direitos das crianças e adolescentes por meio da música e teatro, o projeto atua diretamente, por ano, com mais de 120 crianças e adolescentes, residentes em bairros no entorno da Lapa, comunidades e ocupações urbanas, oferecendo oficinas gratuitas de violão, canto- coral, percussão, flauta doce e teatro.
A partir das ações desenvolvidas no projeto, o objetivo é ampliar o horizonte cultural e musical das crianças e adolescentes, resgatando aspectos da musicalidade, identificando talentos e desenvolvendo linguagens alternativas, como a expressão musical e corporal. A partir disso, gerar valorização e respeito com o corpo, elevação da autoestima das crianças e adolescentes e o desenvolvimento de outras linguagens pouco usuais para a transmissão de mensagens.
Segundo a assistente social Ariana Neubauer, o projeto é um espaço de apoio ao atendimento social, psicológico e pedagógico das demandas da comunidade.
“Estimulamos a participação social, o convívio familiar e comunitário, fortalecendo os vínculos familiares e sociais, proporcionarmos, de forma lúdica, o conhecimento da linguagem musical e artística, visando uma autonomia criativa e o trabalho colaborativo. Incentivamos a descoberta, a pesquisa e a exploração das potencialidades de cada indivíduo, ampliando o horizonte cultural das crianças e adolescentes; e resgatamos aspectos da cultura popular brasileira através de interações culturais e musicais”, contou.
Ela explica também que, anualmente, é definido um tema base para o ser trabalhado ao longo dos meses e ao final do ano é realizado um musical de encerramento.
Ao longo destes 13 anos, as crianças e adolescentes já realizaram diversos musicais, inclusive na Sala Mário Tavares do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e no Teatro João Caetano, dois grandes palcos de espetáculos.
Confira um breve histórico das apresentações
2011- Pássaros
2012- Nordeste com xilogravuras | Exposição de Artes Plásticas
2013- João e Maria na Lapa, realizado na ACM | Exposição de Artes – Maquete dos Arcos da Lapa
2014- Eu, Cidadão?, realizado na ACM | Exposição de Artes- Sociedade de Consumo e Cidadania
2015- Um Rio Costurando Histórias, realizado na Sala Guiomar Novaes, anexo à Sala Cecília Meirelles
2016 – Perdidos no Folclore, realizado no Teatro João Caetano
2017- Nossas Prosas Nordestinas, realizado na Sala Mário Tavares, do Theatro Municipal
2018- Vidas Negras, realizado Centro Cultural da Light
2019- Lutar por elas, por nós, realizado na Sala Mário Tavares, do Theatro Municipal
“Ao longo dos anos foram estabelecidas parcerias e premiação com vista ao fortalecimento das ações em nosso território e também proporcionando a ampliação nos números de crianças e adolescentes em nosso serviço, ressaltamos que ano de 2011 fomos premiados com instrumentos pela Dream Factory Comunicação e Eventos LTA, organizadora do evento Rock in Rio e responsável pelo Projeto Social “Por Um Mundo Melhor 2011”. Em 2014 participamos do edital Programa Eletrobrás Furnas Social e fomos comtemplados enquanto ação social; 2013 nossa parceria resultou na apresentação da oficina de teatro para equipe de saúde do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira – IPPMG- UFRJ; parceria com o curso de extensão da UFRJ- Orquestra de Garrafas, tendo como responsável o professor Rodrigo Batalha, a parceria da Orquestra Quinteto de Metais Petrobrás Sinfônica proporcionando a realização da abertura pelos adolescentes do nosso serviço. Em 2017, fizemos nossa a viagem a Brasília, com 4 beneficiários adolescentes, para representar a ação social apoiada pelo grupo de voluntariado Eletrobrás proporcionando aos beneficiários a entrada no salão nobre do Palácio do Planalto e em 2019 crianças e adolescentes realizam a apresentação para posse da presidência do BNDES”, explicou
As intervenções sociais através das oficinas na instituição buscam propiciar experiências lúdicas e culturais como forma de expressão, interação, sociabilidade e proteção social. Através da arte e da cultura é possível resgatar o indivíduo, com prevenção as situações de riscos pessoais e sociais.
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