É assim que começa o Salmo 66(67) na primeira Missa do ano, no dia 1º de janeiro, na solenidade da Santa Mãe de Deus, Maria. É um Salmo que expressa o senhorio de Deus na vida do ser humano e ao mesmo tempo um pedido a fim de que Ele nos dê a sua graça e sua bênção ao longo de todo o ano!
Como seria bom se os homens desta Terra pudessem crer em Jesus, este Deus conosco, Emanuel, celebrado no Natal, que vem trazer a salvação a todos, dado que deseja atraí-los ao seu sacratíssimo coração. Por isso, já na primeira estrofe, o Salmo relata: “Que Deus nos dê a sua graça e sua bênção, e sua face resplandeça sobre nós! Que na Terra se conheça o seu caminho e a sua salvação por entre os povos!” (Sl 66(67)). Esse caminho do Senhor é aberto a todos os povos, de todas as raças e línguas, cores e nações. É um caminho com uma proposta segura de salvação e aqueles que o seguem um dia verão a Deus face a face.
Enquanto ver a Deus face a face não se consuma é necessário que os homens e mulheres desta Terra se façam caminheiros nesse caminho e esse Salmo surge como uma proposta de começar o ano civil na graça e na bênção do Senhor. Imagine você, jovem, se todos pensassem assim. Com certeza este mundo seria melhor, haveria menos violência e mais paz. Não à toa, 1º de janeiro é conhecido como Dia Mundial da Paz e a esta deve começar no coração do jovem, pois quando ele diz não à violência e promove a paz, ela se espalha rapidamente. A paz, por sua vez, tem um nome, é Jesus Cristo, o Príncipe da Paz, conforme diz o profeta Isaías.
Aqueles que governam suas ações à luz da Palavra de Deus tornam-se promotores da paz e da concórdia e não da violência e da discórdia.
Em comunhão com essa proposta, diz o Papa Francisco: “A não violência: estilo de uma política para a paz. O próprio Jesus viveu em tempos de violência. Ensinou que o verdadeiro campo de batalha, onde se defrontam a violência e a paz, é o coração humano: ‘Porque é do interior do coração dos homens que saem os maus pensamentos’ (Mc 7,21). Mas, perante essa realidade, a resposta que oferece a mensagem de Cristo é radicalmente positiva: Ele pregou incansavelmente o amor incondicional de Deus, que acolhe e perdoa, e ensinou os seus discípulos a amar os inimigos (cf. Mt 5,44) e a oferecer a outra face (cf. Mt 5,39). Jesus traçou o caminho da não violência que Ele percorreu até ao fim, até a cruz, tendo assim estabelecido a paz e destruído a hostilidade (cf. Ef 2,14-16). Por isso, quem acolhe a Boa-Nova de Jesus sabe reconhecer a violência que carrega dentro de si e deixa-se curar pela misericórdia de Deus, tornando-se assim, por sua vez, instrumento de reconciliação, como exortava São Francisco de Assis: ‘A paz que anunciais com os lábios, conservai-a ainda mais abundante nos vossos corações’”.
Tais palavras do Papa são como um grande despertar para os jovens, sobretudo a fim de que olhem para Jesus e vejam nele um caminho de paz e segurança, que leva a praticar o bem e não o mal. É um convite à paz e à não violência.
Contudo, sejam os jovens envolvidos com esse espírito de paz e vivam 2022 como o ano da graça e da bênção do Senhor. Avante nesse firme propósito!
Feliz ano novo!
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