“Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino saltou-lhe de alegria no seio e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. Então, erguendo a voz, exclamou: ‘Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre’” (Lc 1,41-42). Desde o ventre materno somos comunicação e no “universo digital” de hoje não é diferente.
Nas redes sociais, comunicamo-nos o tempo todo. Nossas fotos, vídeos, curtidas, comentários e compartilhamentos são comunicação.
Agora, pergunto: para o bem ou para o mal?
Há quem use a internet e suas conexões para compartilhar fake news, distorcer a felicidade, propagar ódio, fomentar rivalidades e discussões ou, ainda, acaba se perdendo na falsa sensação de anonimato e na navegação das “janelas anônimas”.
Como católicos, aprendemos com São Paulo Apóstolo que “Tudo me é permitido, mas nem tudo convém. Tudo me é permitido, mas eu não me deixarei dominar por coisa alguma” (1Cor 6,12). Temos a liberdade de gerenciar nossas vidas, nosso acesso ao digital, mas não podemos deixar que nada nos domine.
Nas redes sociais, um dos maiores perigos, não só para nós católicos, mas para a sociedade em geral é a falsa sensação de anonimato que temos pela possibilidade de nos escondermos atrás de máscaras ou personalidades que criamos nas diferentes redes sociais. Somos um agora, mas depois somos outro; comportamo-nos assim no perfil público, mas no perfil privado (sem foto, nome, endereço) agimos de outra maneira – somos dominados pela raiva, inveja, luxúria…
Jesus Cristo convocou-nos a levar o Evangelho por todo o mundo (cf. Mt 28,19-20). As conexões que as redes sociais digitais proporcionam devem ser ocasiões para criar novas amizades, ambiente de estudo, pesquisa e entretenimento saudável, meios para vencer as limitações de distância, espaço para divulgar boas notícias e oportunidade para evangelizar falando do amor divino, bem como oferecer consolo com base na Palavra de Deus aos desesperançados.
“Vós sois o sal da Terra e a luz do mundo” (Mt 5,13-14): que sejamos esse sal e luz no ambiente digital, sem jamais deixar que as redes sociais digitais prejudiquem nosso relacionamento com Deus.
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