Quando em setembro de 1979 cheguei da Polônia para Rio de Janeiro (RJ), havia um padre palotino, Tadeu Korbecki, que adquiriu um terreno para construir uma igreja dedicada à divina misericórdia num condomínio no bairro Vila Valqueire. O próprio padre era também o pedreiro que levantava as paredes da igreja e o divulgador dessa espiritualidade nas igrejas, ruas e praças da nossa cidade. Em setembro de 1981 foi benta a pedra fundamental e em maio de 1983 foi criada a Paróquia da Divina Misericórdia. Começavam as peregrinações de pequenos grupos e indivíduos.
Uma nova fase da divulgação começou com a adesão da Rádio Catedral da Arquidiocese do Rio de Janeiro e a transmissão diária da oração do Terço da Misericórdia às três da tarde. O Padre Tadeu conseguiu levar a Festa da Misericórdia para o estádio de Maracanãzinho, com a presença de quase 20 mil peregrinos de toda a arquidiocese e das cidades vizinhas. Assim ficou até o ano de 1999; depois da intervenção negativa do governador do Estado, a festa foi transferida para a Catedral Arquidiocesana de São Sebastião.
Em 2009 foi nomeado o novo arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, que tomou posse na arquidiocese no dia da Festa da Misericórdia com a presença dos peregrinos da misericórdia. Foi ele que no ano seguinte instituiu o Santuário Arquidiocesano da Divina Misericórdia e anualmente participava das festas nesse santuário, comemorando o aniversário “litúrgico” de sua posse.
Precisamos reconhecer que o Ano Santo da Misericórdia trouxe maior número de peregrinos para santuário. Vinham as peregrinações das paróquias, dos movimentos, pastorais e peregrinos individuais. A mais notável foi a peregrinação arquidiocesana do clero de nossa arquidiocese junto com a presença de todos os bispos do Rio de Janeiro. Também tivemos a peregrinação mais colorida e mais animada dos coroinhas e acólitos. O movimento foi muito grande, principalmente nas celebrações das sextas-feiras e nos fins de semana. É uma pena que o tempo da pandemia cortou muito a movimentação das peregrinações.
Precisamos ainda destacar outras formas da divulgação da misericórdia, como a revista Raios da divina misericórdia, que foi editada de 1995 até o ano passado. Momentos de muita importância são os congressos arquidiocesanos da divina misericórdia, que no ano passado já tiveram sua 11ª edição. Contamos também com a Rádio Catedral da arquidiocese, que todas as sextas-feiras transmite o Terço da Misericórdia, celebrado no santuário. Quero destacar também as transmissões diárias do Terço da Misericórdia de outros lugares, o que já se tornou uma experiência cotidiana da rádio. Enfim, precisamos destacar a importância das transmissões diárias pela e, principalmente, pelo canal de televisão TV Misericórdia.
Agradeço a Deus por todas as manifestações da divina misericórdia, principalmente a partir do lugar sagrado que é o santuário.
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