Quando fomos batizados, comprometemo-nos com Deus a entrarmos em seu Reino pela prática do amor, não apenas por falar dele.
Ora, para amarmos as pessoas, particularmente dentro de casa, devemos rezar, pedindo a Nosso Senhor que o nosso coração seja humilde o bastante para sabermos conviver com os nossos familiares, porque o egoísmo só nos faz pensar em nós mesmos, na nossa comodidade; quando alguém nos perturba, esse egoísmo em nós tende a estrilar, reclamar e exigir que sua vontade seja feita a qualquer preço, sem pensar na situação das demais pessoas. É necessário sabermos conviver com hábitos diferentes de vida, em uma série quase infinita de gostos e preferências que nem sempre serão os nossos.
Nosso Senhor nos dá, logo de início, a regra de ouro: “Tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles” (Mt 7,12). Ele manda nos colocarmos no lugar do outro, a fim de termos paciência e compreensão.
Na raiz disso tudo está o respeito pela opinião contrária, para sabermos dialogar. Nessa busca de paz será imprescindível saber perdoar: “Sede misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso” (Lc 6,36); ensina-nos, Jesus, pois o que fizermos ao irmão consequentemente voltará para nós.
NOTAS MARIANAS
ROSÁRIO DE NOSSA SENHORA
O Rosário é, por natureza, uma prece orientada para a paz, precisamente porque consiste na contemplação de Cristo, Príncipe da Paz e nossa paz (cf. Ef 2,14). Quem assimila o mistério de Cristo – e o Rosário visa a isso mesmo – apreende o segredo da paz e dele faz um projeto de vida. Além disso, devido ao seu caráter meditativo com a serena sucessão das ave-marias, exerce uma ação pacificadora sobre quem o reza, predispondo-o a receber e experimentar no mais fundo de si mesmo e a espalhar ao seu redor aquela paz verdadeira que é um dom especial do Ressuscitado (cf. Jo 14,27; 20,21).” (João Paulo II, Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae, 40)
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