O Evangelho de João nos fala de Madalena ao lado do túmulo vazio de Jesus.
Ela chora porque buscou o corpo morto de Jesus e não o encontrou. Entre um soluço e outro, espia dentro do sepulcro e então, enxerga dois anjos vestidos de branco e sentados um à cabeceira e o outro aos pés da sepultura de Jesus.
A dor é tamanha que ela não percebe o significado do que vê. Dois anjos sentados nas extremidades de um retângulo lembram, para qualquer judeu, a arca da aliança com os anjos do propiciatório.
A arca está vazia. Ela guardava a aliança antiga, agora a nova aliança – Jesus Cristo – que criou vida e vida eterna! A aliança eterna feita pelo Filho de Deus na Ceia, e consumada no sacrifício sangrento da cruz, agora está valendo eternamente, pois o Cristo ressurgiu.
Mas Maria está fechada em sua dor e não vai além dos sinais, daquilo que vê.
Jesus, vivendo seu papel pascal de Consolador, vai ao encontro de Maria, mas de modo discreto. Ele lhe pergunta por que chora e ela, ainda fechada em sua dor, não reconhece a voz do Mestre, a não ser quando ele pronuncia seu nome.
Aí Maria ressuscita e realmente enxerga a realidade: Cristo, seu amado, seu Mestre, como ela o chama, está vivo! E o Senhor, vendo tanto amor, a transforma em apóstola, com a missão de anunciar aos seus irmãos a ressurreição da VIDA!
Como Maria Madalena, tenhamos um imenso amor por Cristo e anunciemos a vitória da Vida sobre a morte, porque ele, a Vida, ressuscitou para sempre!
Reflexão do Padre Cesar Augusto dos Santos para Terça-feira da Páscoa via Rádio Vaticano
Comments0