“Sou feliz servindo a Deus na espiritualidade da Ordem do Carmo, tendo Maria como modelo que nos aponta e nos leva a Jesus, e que nos convida cada vez mais a, primeiramente, fazer tudo que Ele nos disser; segundo: a estar sempre aos pés da Cruz de Nosso Senhor, contemplando-O e pedindo força e coragem para anunciar o seu Reino, e para ser fiel também ao carisma e a consagração por meio dos conselhos evangélicos”.
Iniciando uma série de testemunhos vocacionais, temos o intuito de mostrar àqueles que querem ingressar na Ordem, mas também a todos os que desejam acompanhar um pouco a história da Província Carmelitana Fluminense, breves relatos sobre os frades que a compõem. Hoje apresentaremos o testemunho vocacional do Frei Eduardo Ferreira, O. Carm., atual ecônomo da Província.
Frei Eduardo, O. Carm. tem 19 anos de vida consagrada e 12 de sacerdócio. Ele ingressou no postulantado em 2003 em Mogi das Cruzes – SP. É natural de Peruíbe – São Paulo – e pertencia à comunidade São José Operário (hoje paróquia), onde havia apenas um padre para toda a cidade. Por esse motivo, era, muitas vezes, necessário fazer a celebração da palavra pelos ministros ou pelos catequistas (em sua maioria), e Eduardo assumia esse papel. O padre, na época, chamado Gonçalo, valorizava muito o leigo dando formações para assim poderem passar aos demais o que ensina a Santa Igreja. Eduardo também participava do grupo da catequese, de jovens, de música e do conselho da comunidade.
Com o passar do tempo, o testemunho do padre chamou a atenção devido ao seu zelo apostólico, muitas vezes se desdobrando para conseguir servir às 22 comunidades, e pelo seu caráter muito humano. Além disso, um dos catequisandos curiosamente sempre insistia que ele seria padre, um pequeno sinal para o homem, mas talvez um grande toque de Deus. Isso trouxe questionamentos a Eduardo sobre sua vocação – que até então era a familiar – e assim ele iniciou um processo de discernimento da vocação sacerdotal na vida religiosa, buscando saber sobre ordens e congregações, mas especialmente às que tinham uma relação mais profunda com Nossa Senhora, pois queria “uma instituição que tivesse a figura de Maria, que nos ajudasse a ser modelos como Ela para o anúncio do Reino de Deus”.
Nesse ínterim, ele descobriu a Ordem do Carmo e entrou em contanto com a então Província Carmelitana de Santo Elias. O primeiro encontro vocacional ocorreu em 12 de outubro de 2000, e como ele mesmo relata: “desde a primeira vez que coloquei os pés eu disse, aqui é o meu lugar”.
Os anos no Carmelo o ensinaram muitas coisas, e uma delas é que, como ele mesmo nos diz, “a vocação não é nossa, mas de Deus, e Ele nos chama para melhor servir a humanidade”. Que seu testemunho possa ajudar cada um a descobrir seu próprio caminho para Deus, que não é fácil, devido às tempestades e desertos, mas frei Eduardo nos lembra que “nossos olhos devem estar sempre fixos em Jesus, e não tenhamos medo da cruz, pois é por meio dela que alcançaremos a Ressurreição”.
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