No ano passado, o Papa Francisco, nas reflexões no último dia do ano, trouxe alguns elementos que podem nos ajudar a viver o ano novo próximos da graça de Deus e de sua vontade. Como Nossa Senhora, que mostrou seu Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, às nações de todo o mundo, o Papa assim o fez, tendo como instrumento a Palavra de Deus. É da santa mãe de Deus que surgem indicações de atitudes importantes para bem viver o ano que se inicia.
SIGAMOS O MENINO
Na véspera da celebração da Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, o Papa rendeu graças pelo ano que passou, por tudo que pudemos viver e que ficou em nossas memórias: momentos bons e ruins. O Menino Deus que é mostrado por sua mãe é quem devemos carregar ao longo deste ano que veio; é a pessoa de Jesus a quem devemos seguir e colocar nossa confiança. É Ele que, segundo o Papa, deve ser seguido no quotidiano, que “Dá plenitude ao tempo, dá sentido às obras e aos dias. Tenhamos fé, nos momentos felizes e dolorosos: a esperança que Ele nos dá é a esperança que nunca desilude”.
GRATIDÃO E ESPANTO
O Natal de Jesus não pode ser visto de qualquer forma. Precisamos carregar sua encarnação com espanto e gratidão. Não podemos seguir no novo ano sem antes nos lembrarmos da encarnação do Verbo com espanto e gratidão, pois foi com simplicidade e desprendimento que Deus quis se fazer homem para nos remir, esvaziando-se e fazendo-se pequeno por amor a nós. Assim, a “Gratidão da mãe que, contemplando o Filho, sente a proximidade de Deus, sente que Deus não abandonou o seu povo, que Deus veio, que Deus está perto, é Deus conosco. Os problemas não desapareceram, não faltaram as dificuldades e as preocupações, mas não estamos só: o Pai ‘enviou o seu Filho’ (Gl 4,4) para nos resgatar da escravidão do pecado e restaurar a nossa dignidade de filhos”, afirma o Papa.
APRENDER DE MARIA
Na celebração da Solenidade de Maria, Mãe de Deus, o Papa Francisco sugeriu que aprendêssemos com Nossa Senhora, com sua atitude de “guardar meditando”. Sim! Maria guardou no coração tudo o que ouvira do anjo e pôs em prática. Até mesmo quando Jesus nasceu, continuou guardando e meditando. Essa atitude devemos carregar no decorrer deste novo ano, lembrando-nos sempre da forma doce e singela com que Deus nos amou.
Antes de ser visitado pelos pastores, como narra o Evangelho do primeiro dia do ano, houve um anúncio do anjo e, após o nascimento, Jesus precisou ser colocado numa manjedoura com animais: “Como harmonizar o trono do rei e a pobre manjedoura? Como conciliar a glória do Altíssimo e a miséria dum estábulo? Pensemos no desconsolo da mãe de Deus. Que há de mais duro, para uma mãe, do que ver o seu filho sofrer a miséria?” sublinha Francisco.
OLHAR MATERNO
Para renascer e crescer no novo ano está o olhar materno de Nossa Senhora. Segundo o Papa, “As mães, as mulheres olham o mundo não para o explorar, mas para que tenha vida: olhando com o coração, conseguem manter juntos os sonhos e a realidade concreta, evitando as derivas do pragmatismo asséptico e da abstração. E a Igreja é mãe, é mãe assim! E a Igreja é mulher, é mulher assim!”.
É sob a proteção da mãe de Deus, também nossa mãe, que devemos nos colocar, a fim de que, seguindo com ela, possamos nos aproximar de Cristo, seu filho, “Sem ter medo das provações, na jubilosa certeza de que o Senhor é fiel e sabe transformar as cruzes em ressurreições”, disse o Papa.
DEUS NOS ENCORAJA
O Papa nos diz que “Nos braços da sua mãe e deitado numa manjedoura, Deus nos encoraja ternamente”. Esse encorajamento é necessário para o início de um novo ciclo. “Olhando para Maria com o Filho nos braços, penso nas jovens mães e nos seus filhos que fogem das guerras e da fome ou que aguardam nos campos de refugiados. São tantos! Ao contemplarmos Maria, que coloca Jesus na manjedoura, pondo-o à disposição de todos, lembremo-nos de que o mundo muda e a vida de todos só melhora se nos colocarmos à disposição dos outros, sem esperar que eles comecem a fazê-lo”, afirma Francisco.
CONSTRUIR A PAZ
No Dia Mundial da Paz, o Santo Padre nos convidou a olhar não para o que divide, mas para o que nos une. Fazendo isso, evitamos a lamentação e arregaçamos as mangas para construir a paz. Nós, como pessoas, temos mais motivos para nos alegrar e unir do que para gerar ainda mais divisão. “No início do novo ano desejo a todos a paz, que é o compêndio de todo o bem. Paz!”, diz o Papa.
CONFIAR-NOS AO SENHOR
Confiar em Deus é, mais do que tudo, aprendermos a entregar ao Senhor nossas agitações e medos, deixando-os em suas mãos para que tome conta. Afinal, Ele é a nossa força e a nossa esperança. “Convidemos o Senhor para vir dentro de nós, para vir à nossa realidade, por pior que seja, como uma manjedoura: ‘Senhor, não gostaria que entrasses, mas olha para ela, permanece próximo’. Façamos isso”, afirma Francisco.
PELOS EDUCADORES
Rezemos para que os educadores sejam testemunhas credíveis, ensinando a fraternidade em vez da competição e ajudando em particular os jovens mais vulneráveis.
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