O Santo Padre começou este novo ano de 2020 presidindo, na Basílica de São Pedro, no Vaticano, dia 1º de janeiro, a celebração Eucarística pela Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus.
O Papa começou a sua homilia com a citação bíblica: “Quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou o seu Filho, nascido de mulher”. E explicou:
“Nasceu de uma mulher: assim veio Jesus! Não veio ao mundo como adulto, mas, como diz o Evangelho, “concebido no seio materno”. Assim, ele assumiu a nossa humanidade. No seio de uma mulher, Deus e a humanidade se uniram e nunca mais se deixaram. Agora, no Céu, Jesus vive na carne que recebeu no seio de sua Mãe”.
Desta forma, acrescentou Francisco, no primeiro dia do ano novo, celebramos a união entre Deus e o homem, que se deu no seio de uma mulher. A nossa humanidade estará para sempre em Deus e Maria será para sempre a Mãe de Deus: mulher e mãe”. E falando sobre Maria, o Papa disse:
Logo, disse Francisco, “o renascimento da humanidade começou de uma mulher. As mulheres são fontes de vida! Não obstante, são continuamente espezinhadas, espancadas, violentadas, obrigadas à prostituição e a privar a vida que trazem no seio. E acrescentou:
“Toda a violência infligida à mulher é uma profanação de Deus, nascido de mulher. A salvação da humanidade veio do corpo de uma mulher. O nível da nossa humanidade mede-se pelo modo com que tratamos o corpo de uma mulher”.
E Francisco refletiu: “Quantas vezes o corpo da mulher é sacrificado pelas propagandas profanas, pelo lucro, pela pornografia. As mulheres devem ser libertadas do consumismo, devem ser respeitadas e honradas. A sua carne é a mais nobre do mundo, pois uma mulher deu à luz o Amor, que nos salvou! E o Papa disse:
“Ainda hoje, a maternidade é humilhada, porque o único crescimento que interessa é o econômico. Quantas mães, na busca desesperada de dar um futuro melhor ao fruto do seu seio, arriscam suas vidas em viagens impossíveis e acabam julgadas por um grande número de pessoas fartas, mas de coração sem amor”.
Segundo a narração bíblica, no ápice da criação destaca-se a mulher, quase como compêndio de toda a obra criada por Deus. Ela encerra em si a finalidade da criação: a geração e a conservação da vida, a comunhão e a solicitude. É o que fez Nossa Senhora, que conservou tudo em seu coração”, como recordou o Papa:
“Ela conservava tudo: a alegria pelo nascimento de Jesus; a tristeza pela hospitalidade negada em Belém; o amor de José e a admiração dos pastores; as promessas e as incertezas sobre o futuro do seu filho. Mas, em seu coração, encarava e aceitava tudo, inclusive as adversidades, com amor e confiança em Deus”.
Por isso, no início deste Ano Novo, Francisco, convidou os fiéis a pedirem a graça de acolher e cuidar dos outros, se quisermos um mundo melhor, que seja casa de paz e não palco de guerra, que respeite a dignidade de cada mulher. Da mulher, nasceu o Príncipe da Paz. Uma conquista em prol da mulher é uma conquista em prol de toda a humanidade.
Neste sentido, o Papa disse que também a Igreja, como Maria, é mulher e mãe e se sente chamada a anunciar o nascimento do Senhor e a gerá-lo em nossas vidas. E concluiu:
O Santo Padre concluiu a sua homilia, na Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus, pedindo-lhe a unidade e a esperança. Sob seu manto materno confiou este ano novo de 2020, que está iniciando!
Fonte: Vatican News – Manoel Tavares – Cidade do Vaticano
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