Uma coletiva de imprensa em Porto Alegre (RS) marcou a abertura da Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE) no Regional Sul 3 da CNBB (Rio Grande do Sul) na tarde desta quarta-feira, 17. A Campanha tem a promoção do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC), que congrega cinco Igrejas.
Durante a coletiva, houve a apresentação do tema, do lema e dos objetivos da Campanha, que a exemplo dos anos 2000 e 2005 é realizada de forma ecumênica para contribuir na reflexão e na construção de uma economia que esteja a serviço da vida. Participaram da coletiva autoridades das Igrejas membros do CONIC/RS, pastor Ervino Schmidt e pastor Kurt Rieck, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB); dom Remídio Bohn, da Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR), e dom Orlando Santos de Oliveira, da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB).
Escolhido pelo Conic há dois anos, o tema da campanha é “Economia e Vida”, sob o lema “Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro” e será debatido num contexto de crise mundial financeira e de período eleitoral.
“O tema é pertinente, pois acabamos de sair de um susto mundial em que a economia mostrou toda a sua fragilidade, algo que parecia impossível de acontecer, aconteceu. Mais do que nunca nós temos que estar alertas, porque o nosso povo cobra de nós um compromisso com uma economia que deve estar a serviço da vida”, enfatiza dom Orlando de Oliveira.
Dom Remídio, por sua vez, destaca que o objetivo principal da discussão é colaborar na promoção de uma economia a serviço da vida. “O tema ‘Economia e Vida’ ajuda a nos unir enquanto irmãos das Igrejas cristãs, onde sabemos que podemos nos apoiar mutuamente e assim, colaborar com uma sociedade mais justa e fraterna”.
Já o pastor Kurt Rieck destacou a passagem bíblica que dá origem ao tema da CFE 2010 e provocou para a reflexão sobre a utilização dos bens e o papel que estes possuem na vida de cada um. “Os bens precisam estar a serviço do bem comum, essa é a nossa busca como Igreja e que bom que podemos, ecumenicamente, com base numa mesma palavra, encabeçar o desejo de que essa nova economia aconteça em nossa sociedade. Que possamos olhar de forma crítica como estamos lidando com os nossos bens”.
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