No 6º dia da Trezena de São Sebastião (12/01), a Associação Beneficente São Martinho (RJ) recebeu a visita da imagem peregrina de São Sebastião, que está percorrendo diversas instituições e paróquias em preparação à festa do Padroeiro da Arquidiocese e da cidade do Rio de Janeiro. No local, o diretor da associação, Frei Adailson Quintino dos Santos, O.Carm, e o coordenador do eixo da abordagem social, Diácono Valdinei Martins, acolheram a comitiva que acompanhava a imagem, presidida pelo Cardeal Orani João Tempesta.
“A São Martinho se sente muito honrada com essa visita porque estamos iniciando nosso ano de atividades. E isso nos anima e reafirma a nossa caminhada como cristãos e discípulos do senhor, sobretudo olhando para o exemplo de São Sebastião para os leigos, o exemplo de fé, de caminhada, e o que ele representa para a Arquidiocese do Rio de Janeiro”, disse Frei Adailson.
O Diácono Valdinei complementou, dizendo que São Sebastião é modelo de vida para todos os que se dedicam ao trabalho com crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social: “a grande mensagem que fica para nós hoje é a que São Sebastião mostra que vale a pena lutar em prol da causa dos que mais sofrem. Que essa visita venha coroar esse Ano do Laicato que se inicia, porque aqui contamos com o trabalho de vários leigos que lutam em prol dos que necessitam”.
Levar Jesus aos que mais sofrem
No dia 12 de janeiro, a comitiva que leva a imagem de São Sebastião visitou diversas instituições: o Hospital Municipal Souza Aguiar e o Instituto Nacional de Câncer, no Centro; a Policlínica Naval Nossa Senhora da Glória, na Tijuca; a Associação Beneficente São Martinho, na Lapa; o Presídio Ary Franco, em Água Santa; as capelas São Sebastião, em Inhaúma e Madureira, e a Paróquia de São Sebastião, em Bento Ribeiro, onde Dom Orani celebrou uma missa.
Dom Orani e Frei Adailson
“Durante a Trezena, nós temos visitado várias entidades sociais, culturais, lugares religiosos, de saúde e de educação. A São Martinho é uma entidade social que é ligada aos freis carmelitas, que realizam trabalhos e serviços com crianças e adolescentes, e se encontra em um lugar muito estratégico, que é aqui na Lapa. Apesar de toda a legislação que dificulta o trabalho com as crianças e adolescentes, que são leis que não levam em consideração a realidade das crianças, que têm necessidade de assistência muito maior, a São Martinho tem conseguido levar o trabalho adiante, respeitando as leis de hoje e provendo as crianças”, destacou o Cardeal.
Nas reflexões que realizou nas celebrações da sexta-feira, Dom Orani falou também sobre a mensagem do Evangelho do dia, que abordava a cena da cura de um paraplégico. Segundo o Cardeal, os sinais que Jesus realiza servem para mostrar que Ele pode curar, mas também são úteis para explicitar o que o pecado faz na vida das pessoas: as retira do convívio da comunidade e imobiliza, impossibilitando-as de agir.
“Somos aqueles que levam adiante a missão de Jesus: de ajudar as pessoas a recuperar sua dignidade, tanto por ter seus pecados perdoados, em nome de Jesus, quanto pelas consequências disso, através de uma vida nova. Existem pessoas que não procuram espontaneamente a Cristo, que está na Igreja, sendo necessário que as levemos até Ele, como fizeram com aquele que estava acamado”, frisou o arcebispo do Rio de Janeiro.
Fonte: Site ArqRio e site Associação São Martinho
Fotos: São Martinho e Gustavo de Oliveira/ArqRio
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