Os tempos e as festas que voltam a cada ano, com as mesmas leituras, os mesmos cantos e orações, não é um monótono repetir-se das coisas, mas uma re-presentação sacramental do mistério de Cristo e da sua Igreja. É uma repetição de símbolos, gestos e palavras, que repercutem em nossa vida sempre com maior intensidade e profundidade e nos permitem avançar no processo pascal de nossa identificação com Cristo, até atingirmos “o pleno conhecimento do Filho de Deus, o estado de Ser humano perfeito, a estatura da plenitude de Cristo” (Ef. 4,13). Se vivermos cada celebração com sinceridade e com coração de discípulos, recebemos de Deus luz e força para o caminho da nossa identificação com Cristo. (…)
A compreensão do ano litúrgico como o repetir dos mistérios não em círculo fechado, mas em forma espiral, sugerindo caminho progressivo e abertura às manifestações culturais próprias de cada região, tem ajudado muitas comunidades a fazer dele uma referência estável e profunda, criativa e variada para o caminho da fé.
Um tempo para celebrar, pg. 06, Edmar Perón (Mestre em Liturgia), Bispo na região de Belém, em São Paulo)
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