O arcebispo metropolitano de Florianópolis, Dom Wilson Tadeu Jönck, apresentou à diretoria da FIESC, nesta sexta (20), o tema da Campanha da Fraternidade 2015: “Fraternidade: Igreja e Sociedade”. O prelado destacou que o tema está amparado na frase bíblica “Eu vim para servir” e que o propósito é refletir sobre a contribuição da Igreja à sociedade. “Nossa melhor contribuição, sem dúvida, é fazer com que os valores contidos no Evangelho estejam fortes, nítidos, na sociedade”, disse Dom Wilson.
Na apresentação, o arcebispo fez um apanhado histórico da convivência da Igreja com o Estado. “É uma relação que sempre foi meio tensa; há colaboração, mas nunca um pleno entendimento”, afirmou. Conforme o arcebispo, a Igreja sempre prestou serviços à sociedade, cumprindo um de seus preceitos – caridade. “Há dois setores em que a Igreja – e não apenas a Católica – sempre esteve à frente por século e milênios: educação e saúde”. Na opinião de Dom Wilson, só nos últimos 50 ou 60 anos é que o Estado passou a assumir suas responsabilidades nestas áreas. À medida que o setor público supra as carências nestes setores, a Igreja pode servir à sociedade em outros aspectos, complementa. “A presença da Igreja vai se alterando, conforme vai mudando a sociedade. O que é permanente é lutar pelos valores e para que os princípios do Evangelho estejam presentes em toda a sociedade”, destacou.
“Todos os anos, na Campanha da Fraternidade, a Igreja chama a atenção dos cristãos para pontos relacionados com a promoção do bem comum”, destacou o presidente da FIESC, Glauco José Côrte. A Campanha da Fraternidade é uma iniciativa da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizada anualmente no período da Quaresma, que compreende os 40 dias entre a Quarta-Feira de Cinzas e o domingo que antecede o da Páscoa. Dom Wilson observou que o tema da campanha de 2015 resgata a missão dos cristãos e das comunidades, a partir do diálogo e colaboração entre a Igreja Católica e a sociedade propostos no Concílio Vaticano II – uma série de conferências realizadas entre 1962 e 1965, consideradas o grande evento da Igreja Católica no século 20. O concílio teve o objetivo de modernizar a Igreja e atrair os cristãos afastados da religião.
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