O arcebispo de Vitória do Espírito Santo, Dom Dario Campos, lançou em 12 de abril, encerramento da festa dedicada a Nossa Senhora da Penha, a Campanha Paz e Pão, realizada pelo Vicariato para a Ação Social, Política e Ecumênica, com o apoio do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs, atendendo ao mandamento de Jesus em Lucas 9, 13: “Dai-lhes vós mesmos de comer”.
Trata-se de uma campanha permanente que visa, no primeiro momento, a enfrentar a fome e promover a inclusão social. 300 mil pessoas vivem em situação de extrema pobreza, ou seja, com menos de um dólar por dia (cinco reais), nos quinze municípios da área de abrangência da arquidiocese.
A campanha tem foco em três eixos: 1) nas ações imediatas de enfrentamento à fome e de inclusão social; 2) na incidência política para implementação de políticas públicas de maior alcance social; e 3) na formação e espiritualidade.
A Arquidiocese de Vitória tem grande alcance, pois abrange seis áreas pastorais, noventa paróquias e 1.022 comunidades, além de várias pastorais, grupos de voluntários e equipes. Tem, portanto, muita capilaridade e proximidade das comunidades e dos seus fiéis, chegando aos mais diferentes territórios da região, sobretudo nas áreas de maior vulnerabilidade.
Ao instituir o Dia Mundial do Pobre, em 2016, o Papa Francisco convocou os cristãos a fixarem o olhar naqueles que estendem as mãos pedindo a nossa solidariedade, substituindo a cultura do descarte e do desperdício pela cultura do encontro. Francisco ensina que os pobres não são um problema, mas um meio para acolhermos e vivermos a essência do Evangelho e que Cristo pede que “Não amemos com palavras nem com a língua, mas com obras e com verdade” (1Jo 3,18).
Esse projeto coaduna-se com a Campanha da Fraternidade 2020, que teve como tema “Fraternidade e vida: dom e compromisso” e como lema “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10,33-34). Tendo como referência a parábola do bom samaritano (cf. Lc 10,25-37), a Campanha da Fraternidade 2020 convida os cristãos a se colocarem a serviço da vida, contemplando o mundo com os olhos de Jesus, para “acolher o grito que emerge das várias faces da pobreza e da agonia da criação” (Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora na Igreja, 102).
Estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) apontou que a desigualdade está crescendo no Brasil e registrou aumento persistente no segundo semestre de 2019. Segundo o documento, enquanto a renda da metade mais pobre da população caiu cerca de 18%, somente o 1% mais rico teve quase 10% de aumento no poder de compra. 19 milhões de brasileiros passavam fome em 2020; outros 80 milhões estão em situação de segurança alimentar, não têm comida suficiente.
A primeira iniciativa é uma campanha de doadores permanentes, denominada Tive Fome, inspirada em Mateus 25,35: “Porque tive fome e me destes de comer”. Os fiéis são chamados a contribuir mensalmente com cem reais, durante doze meses. Esses recursos visam à aquisição de cestas básicas para atender mais de 8 mil famílias em extrema vulnerabilidade, cadastradas pelas paróquias. Para isso foi criado um link no site da Arquidiocese de Vitória (aves.org.br), onde os doadores deverão se cadastrar.
Os recursos são repassados diretamente às seis áreas pastorais, presentes nos quinze municípios da área de abrangência da arquidiocese, as quais ficam responsáveis pela compra e distribuição dos alimentos para famílias cadastradas.
Além disso, outras ações são realizadas, como na celebração de Corpus Christi, em que as comunidades foram orientadas a realizar os tradicionais tapetes com alimentos a ser doados. Também o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra tem doado cestas verdes para distribuição.
Fonte: Vatican News
A Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria (ICM) encaminhou a Roma o pedido de abertura do processo de canonização de sua fundadora, a Bem-aventurada Bárbara Maix, por causa de um possível milagre pela intercessão da religiosa ocorrido em Caxias do Sul (RS). Segundo a Diocese de Caxias do Sul, o milagre que está sendo investigado aconteceu em 2018, no distrito de Santa Lúcia do Piaí. Uma mulher sofreu queimaduras de segundo e terceiro graus enquanto fabricava sabão. Seus familiares e amigos rezaram pedindo a intercessão de Madre Bárbara e, em treze dias, a mulher teve alta do hospital sem sequelas e completamente curada. Não foi encontrada explicação à luz da ciência sobre a rápida cura.
Em 14 de outubro de 2019, o bispo de Caxias do Sul, Dom José Gislon, abriu o processo diocesano para investigar o suposto milagre. Foi constituído um tribunal eclesiástico, composto por um juiz, um promotor, um notário e um médico perito que acompanhou o depoimento das testemunhas. A fase local do processo foi encerrada em 27 de fevereiro de 2020, quando o bispo presidiu uma Missa na catedral diocesana e validou a documentação.
A documentação foi enviada para a Congregação para as Causas dos Santos, em Roma, em maio de 2020. Entretanto, por causa da pandemia, a postuladora da causa, Irmã Gentila Richetti, não pôde viajar para a Itália até o mês passado. No dia 3 de julho, ela apresentou o pedido de abertura do processo apostólico ao prefeito da congregação, Cardeal Marcello Semeraro.
Agora, segundo a diocese gaúcha, a solicitação aguarda o decreto de validade do inquérito diocesano e, sob a orientação de um relator, elaborará a positio (posicionamento sobre o fato). Esse trabalho será examinado por médicos e teólogos.
Fonte: ACI Digital
Na segunda quinzena do mês passado, os materiais da Campanha Missionária, que colaboram com a animação do Mês Missionário, em outubro, foram enviados a todas as arquidioceses, dioceses e prelazias do Brasil. Ao todo foram mais de sessenta toneladas de materiais compostos pelo subsídio da novena missionária, cartazes, mensagem do Papa, oração missionária e os envelopes que motivam a contribuição para o Dia Mundial das Missões.
Com o tema “Jesus Cristo é missão” e o lema, escolhido pelo Papa Francisco, “Não podemos deixar de falar sobre o que vimos e ouvimos” (At 4,20), a Campanha Missionária é organizada pelas Pontifícias Obras Missionárias (POM) sempre no mês de outubro desde 1972. Colaboram nessa ação a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por meio da Comissão Episcopal para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial, e outros organismos que compõem o Conselho Missionário Nacional (COMINA).
“Desde 1972, outubro é dedicado ao Mês Missionário. E as Pontifícias Obras Missionárias são responsáveis por organizar todo esse material de motivação junto com o Conselho Missionário Nacional”, explica o diretor das Pontifícias Obras Missionárias, Padre Maurício da Silva Jardim. “Neste ano, o Papa Francisco, em sua mensagem, destaca a importância dos missionários da compaixão e esperança, ligados à pandemia. São aquelas pessoas que estão mais na linha de frente no combate à pandemia”, reitera.
No vídeo, haverá depoimentos e testemunhos de famílias enlutadas e que tiveram, pela fé, que superar o drama da perda. Populações em situação de rua, migrantes, indígenas e diversos gestos de compaixão também farão parte desse material audiovisual. “Todos esses temas estarão nas novenas missionárias, que podem ser realizadas nos grupos de família, junto à oração do Mês Missionário, além de enviarmos a mensagem do Papa”, afirma Padre Maurício.
Fonte: Canção Nova
Comments0