No México, Estado de Michoacan, no povoado de Jacona, há um santuário dedicado a Nossa Senhora da Raiz. Qual é a sua história?
Foram uns lavradores que a descobriram numa árvore. Acharam tão perfeita a imagem que recortaram a raiz e levaram ao pároco do povoado. Vendo a perfeição formada naturalmente na raiz visível de uma árvore, ele a colocou num dos altares da igreja paroquial. A intenção era construir uma capela para mostrar o capricho da natureza, o que só ocorreu muitos anos depois, apesar do clamor dos lavradores. O povo humilde a venerava sob o título de Nossa Senhora da Raiz.
Durante os anos de espera, a imagem natural foi retocada e adornada com ricos vestidos e mantos. A Santíssima Virgem não cessava de derramar abundantes graças e bênçãos aos devotos, fazendo crescer, assim, o culto a Nossa Senhora da Raiz entre os habitantes do povoado e de lugares vizinhos.
Em 1867, o Padre Antônio Plancarte y Labastida, tendo em vista os muitos benefícios espirituais e também materiais em favor dos paroquianos, dedicou-se de modo abrangente a divulgar a veneração de Maria Santíssima sob o título de Nossa Senhora da Raiz. Ao mesmo tempo em que a devoção crescia, passaram a chamá-la, também, de Nossa Senhora da Esperança.
A alegria dos habitantes de Jacona aumentou a ponto de o pároco suplicar à Santa Sé a graça de coroar a imagem. O Papa Leão XIII outorgou o pedido, nomeando o arcebispo do México seu delegado à cerimônia. Os festejos se realizaram com atos literários e funções litúrgicas.
Os antigos diziam “de bono nunquam satis”, que traduzindo do latim significa “do que é bom nunca se deve dizer chega”. Aplicando isso à Santíssima Virgem, podemos afirmar que “de Maria nunquam satis”, ou seja, “os louvores a Maria jamais serão suficientes”.
ORAÇÃO
Ó Criador, Deus do universo, quão admiráveis são as vossas obras, principalmente livrando Maria Santíssima da mancha do pecado. Concedei-nos a graça de agora e sempre possamos participar dos cânticos que no céu e na terra se elevam a vossos louvores, enraizando-nos fortemente na devoção à vossa filha predileta, a Mãe de Cristo, nosso Redentor. Amém.
Texto extraído da seção “Maria na devoção popular” redigida pelo Padre Roque Vicente Beraldi, cmf na edição de dezembro da Revista Ave Maria.
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