Messias : vem do hebraico masiah (ungir). O messias Bíblico é, pois, o ungido, que significa sagrado.
Cristo : vem do grego Christos, que, também, significa ungido.
Jesus : orginina-se do hebraico jeschuang (salvador). Portanto, Messias, Cristo e Jesus designam o Enviado de Deus, o Salvador dos homens, o Mediador prometido.
O Antigo Testamento é figura do Novo, como podemos observar novamente:
Adão
O primeiro homem, como pai da humanidade, representa Jesus, o primeiro de uma nova linhagem.
Abel
O segundo filho de Adão e Eva é simbólico de Jesus, por ter sido morto inocente.
Noé
Figura de Jesus, por Ter salvo, na Arca, os que creram na Palavra de Deus. Noé representa o Cristo – que salva, pela Igreja (comparada, muitas vezes, a um barco). Noé salva mediante o lenho da Arca – e Cristo, pelo madeiro da cruz.
A própria Arca, é também, um símbolo do salvador. As dimensões da Arca, representam um homem deitado, respeitando-se as proporções. Tanto em altura, comprimento e largura. Santo Agostinho comparou a porta da Arca ao lado de Cristo (aberto na cruz), fonte de água e sangue, que purifica e redime. E o Sagrado Coração, “fornalha ardente de caridade”, “lâmpada dos aflitos”, “farol dos caluniados e perseguidos”, “espinho rubro de nossa alegria”.
Isaac
O filho de Abrão é facilmente identificado com Jesus. Leia-se o trecho do Gênesis em que Deus diz àquele Patriarca: “Toma Isaac, teu filho único, a quem amas, e vai à terra da visão, e ai o oferecerás em holocausto, sobre um dos montes que eu te mostrar” (Gn 22). E Abraão (no caso, representando Deus Pai) dispôs-se a sacrificar seu filho amado. E Isaac (o símbolo de Cristo) aceitou o sacrifício (que, meramente figurativo, não foi consumado). Isaac foi substituido por um cabrito “preso, pelo chifre, entre os espinhos” (Jesus, a vítima real, no verdadeiro sacrifício, substituindo Isaac, teve sua cabeça coroada de espinhos).
Jacó
Símbolo misterioso, irmão de Esaú – ambos filhos de Isaac. Não é muito edificante a história destes dois irmãos, Santo Agostinho, diz simplesmente: “Não é mentira, mas mistério”. Por um prato de ervilhaca, Jacó (suplantador) comprou de Esaú (o peludo), o direito de primogenitura. Mais tarde, diante de Isaac, já velho e cego, apresentou-se coberto de peles de um cabrito (fingindo ser Isaú), conseguindo, assim, receber a bênção, como primogênito.
Na verdade em toda a narrativa, há muito mais mistério que mentira, Quem não vê aí, substituindo Adão, o primogênito entre os homens, a figura de Cristo, revestido por nossos pecados? Ainda mais: como, entre os irmãos, Esaú era o primogênito, na humanidade, o povo judeu o era. Mas os judeus renunciaram a Cristo (como Esaú renunciou ao direito de primogenitura) e Jacó o suplantou – como os gentios (os outros povos) converteram-se. E, assim, como os dois irmãos terminaram por se reconciliar, está predita a união entre judeus e gentios.
José
Era filho predileto de Jacó. Vendido por seus irmãos, mais tarde, no Egito, salva-os da morte pela fome. Dá exemplo de pureza e bondade e é chamado, pelo faraó, de “salvador do povo”.
Moisés
O próprio autor do Gênesis é figura de Deus, nosso guia, a quem devemos obediência e respeito. A quem devemos seguir para entrar na terra prometida. Particularmente, simboliza Cristo, como o libertador e legislador da Nova Lei.
Melquisedeque
É rei e sacerdote do Antigo Testamento, é figura de Deus Eterno. São Paulo, na epístola aos Hebreus (cap. 7), fala a esse respeito. Mas seu principal valor simbólico está em Ter sacrificado pão e vinho – sacrifício nitidamente semelhante ao de Jesus, na Última Ceia. E Davi, o rei-poeta, no salmo 109, diz referindo-se ao Messias prometido, sacerdote e rei: “Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedeque”.
Existe no Antigo Testamento, várias outras imagens figurativas de Jesus Cristo, mas o importante é que a nossa vida, de algum modo, lembre a vida de Cristo, seu exemplo, sua lição. E então nossa vida terá um sentido novo.
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