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Espiritualidade
23/06/2020

O Decálogo da Esperança: A escuridão do cativeiro da Babilônia e do Coronavírus

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A Província Carmelitana de Santo Elias apresenta o especial “O Decálogo da Esperança”, artigo escrito por Frei Carlos Mesters, O.Carm., que traz uma reflexão sobre os cativeiros da Babilônia e da Covid-19. Dividido em três capítulos, o texto recorda como foi o cativeiro do povo de Deus na Babilônia e o que eles fizeram para encontrar a saída. Fazendo um paralelo com os dias de hoje, o autor nos convida a enfrentar com mais esperança este nosso cativeiro da pandemia do novo coronavírus. Leia o primeiro capítulo: A escuridão do cativeiro da Babilônia e do Coronavírus.

Em tempos da pandemia do coronavírus: Esperar, Resistir, Cantar

Perguntas antigas que sempre voltam:

Como continuar a crer, quando o coronavírus, sem aviso prévio, mata tanta gente inocente no mundo inteiro?

Como continuar a crer que os dois centavos da viúva continuam valendo mais que os milhões dos ricos, quando a riqueza dos poderosos continua aumentando cada vez mais? (Lc 21,1-4).

Como continuar a crer que um menino possa vencer o gigante Golias desta pandemia, quando o próprio povo já está fugindo de medo? (1Sm 17,4-11.24).

Como continuar a crer, quando a escuridão do coronavírus ameaça apagar a luz da fé dentro da gente?

Como sair desta escuridão? Como recuperar a esperança?

Estamos no cativeiro da pandemia do coronavírus que tomou conta de tudo. Um cativeiro como este nunca tivemos antes! Ele faz sofrer, e incomoda a todos! Estamos buscando uma saída, mas está difícil. Ainda não apareceu uma saída segura e confiável para poder sair e recomeçar a vida.

No século VI antes de Cristo, em torno do ano 550 a.C., o povo da Bíblia esteve no cativeiro da Babilônia que tomou conta de tudo. Cativeiro como aquele da Babilônia eles nunca tiveram antes! Fazia sofrer a todos. Mas eles conseguiram encontrar uma saída. Souberam reconstruir a vida em novas bases, melhor do que antes.

Vamos ver de perto como foi o cativeiro do povo de Deus na Babilônia e o que eles fizeram para encontrar a saída. Você vai lendo. Enquanto for lendo sobre o cativeiro da Babilônia, pense no cativeiro de hoje. Quem sabe, a Palavra de Deus traga uma luz para a gente poder enfrentar com mais esperança este nosso cativeiro da pandemia.

A escuridão do cativeiro da Babilônia e do Coronavírus

1. Duas lamentações que choram a dor do cativeiro

Leia devagar a Lamentação do cativeiro do povo na Babilônia. Repare bem nas terríveis imagens que eles usaram para descrever o sofrimento do povo. Leia também a lamentação do cativeiro do coronavírus que imita a lamentação da bíblia, aplicando-a na nossa situação:

Cativeiro da Babilônia

Século VI antes de Cristo

Terceira Lamentação (Lm 3,1-18)

1 Eu sou o homem que conheceu a dor de perto, sob o chicote da sua ira.

2 Ele [Deus] me conduziu e me fez andar nas trevas e não na luz.

3 Volve e revolve contra mim a sua mão, o dia todo.

4 Consumiu minha carne e minha pele, e quebrou os meus ossos.

5 Ao meu redor, armou um cerco de veneno e amargura,

6 Ele me fez morar nas trevas como os defuntos, enterrados há muito tempo.

7 Cercou-me qual muro sem saída, e acorrentado, me prendeu.

8 Clamar ou gritar de nada vale, ele está surdo à minha súplica.

9 Com pedra cercou a minha estrada, distorceu o meu caminho.

10 Ele foi para mim como urso de tocaia, um leão de emboscada.

11 Desviou-me do caminho, me despedaçou e me deixou inerte.

12 Disparou seu arco, fez de mim o alvo de suas flechas.

13 Em meus rins ele cravou suas flechas, tiradas de sua aljava.

14 Eu me tornei uma piada para todos os povos, a gozação de todo o dia.

15 Encheu meu estômago de amargura, embriagou-me de fel.

16 Fez-me dar com os dentes numa pedra, estendeu-me na poeira.

17 Fugiu a paz do meu espírito, já não sei mais o que é ser feliz.

18 Eu digo: Acabaram-se minhas forças e minha esperança em Yhwh”. (Lam 3,1-18).

 

 

 

Cativeiro do Coronavírus

Século XXI depois de Cristo

Imitação da 3ª lamentação para hoje

1 Eu sou o homem que sente a dor de perto, sob o chicote do coronavírus.

2 Parece que Deus se esqueceu da gente. Ele nos faz andar nas trevas e não na luz.

3 O dia inteiro ouço o grito: Não sair! Fique em casa!

4 Muita gente já pegou a praga da doença e está perdendo a vontade de viver.

5 O dia inteiro ao meu redor, veneno e amargura, nesta solidão

6 Estou morando na treva como um defunto, enterrado há muito tempo.

7 Não tem jeito. Sair como? A pandemia nos prendeu e não larga mais.

8 Clamar ou gritar a Deus já não adianta, ele parece surdo à minha súplica. Muita gente nem reza mais.

9 Com um muro de pedra ele cercou a minha estrada, distorceu o meu caminho.

10 O coronavírus parece um urso de tocaia, um leão de emboscada.

11 Desviou-me do caminho, me despedaçou e me deixou inerte, sem condições de reagir.

12 Disparou seu arco, muita gente atingida, sem cura.

13 O coronavírus tomou conta de tudo em mim e me amarrou.

14 Parece até piada. Nem dá para acreditar. Será que Deus está sabendo?

15 Estou perdendo a saúde, sinto um mal-estar geral de fel.

16 É como se eu estivesse caído no chão sem possibilidade de levantar-me.

17 Fugiu a paz do meu espírito, já não sei mais o que é ser feliz

18 E cheguei a dizer: Acabou-se minha força e minha esperança em Deus”.

2. O cativeiro do coronavírus

Sem pedir licença e sem tocar a campainha, a pandemia do coronavírus entrou na nossa casa e está incomodando a todos, no mundo inteiro. Milhares já morreram, milhares e milhares estão infectados. E ninguém sabe explicar como e por que isto está acontecendo. Será que Deus sabe?

E não é só isto. O isolamento obrigatório dentro de casa cria situações difíceis e imprevistas que colocam a nu certos defeitos dentro da gente que começam a incomodar e a dificultar a convivência: impaciência, irritação, aborrecimentos, insônia, bate-boca, desentendimentos, cansaço, brigas sem razão: “Não aguento mais!”. E tem que aguentar, porque não tem outro jeito. Haja paciência!

Muita gente começa a pensar e falar baixinho: “E Deus nisso tudo? Será que Ele nos abandonou? O que fizemos de errado para receber um castigo tão grande com milhares de mortes no mundo inteiro? Adianta rezar? Deus parece que nem escuta mais a gente. Já não sei mais o que fazer!” A fé de alguns entrou em crise.

Uma crise de fé é como o cupim que vai entrando nas vigas do telhado. Bem devagar! O dono da casa não se dá conta, nem presta atenção. Vai vivendo despreocupado. De repente, um temporal cai sobre a casa e o telhado desaba. Desaba de repente, sim, mas a falta de cuidado do dono da casa já vinha de longe. E o dono chegou a dar a culpa ao carpinteiro: “Serviço mal feito!”

Uns acham que a pandemia é castigo de Deus. Eles procuram textos na Bíblia para confirmar o que dizem, e usam a bíblia para aumentar no povo o complexo de culpa. Eles levam as pessoas a fazer penitência por pecados que não cometeram. Outros dizem: Deus não tem nada a ver com isso. É o destino. Tem que aguentar! Outros dizem que o cativeiro do coronavírus não é castigo de Deus, mas, sem dúvida alguma, nele existe um apelo de Deus para nós, e eles procuram descobrir este apelo de Deus.

3. O cativeiro da Babilônia

Algo semelhante aconteceu com o povo de Deus. Desatentos de tudo, eles permitiram que o cupim de uma falsa imagem de Deus fosse comendo por dentro a viga da sua fé. Ao longo dos 400 anos da monarquia (de 1000 a 590 a.C.), o Deus libertador do Êxodo foi sendo reduzido à imagem de um Deus em tudo identificado com os interesses comerciais dos reis. Os profetas alertavam sobre o perigo, mas não lhes davam atenção (Dn 9,6), pois havia muitos falsos profetas que diziam o contrário (Jr 28,1-11; Ez 34,1-10). Os interesses comerciais dos reis pareciam mais importantes que a vida do povo. Assim, o cupim da falsa imagem de Deus foi avançando e, de repente, veio a tempestade. Tudo desabou! No mês de agosto de 587 antes de Cristo, Nabucodonosor, rei da Babilônia, veio e invadiu o país (2Rs 25,8-12; Jr 52,12-16): o templo foi incendiado (2Rs 25,9), a monarquia foi derrubada (2Rs 25,7) e a terra passou a ser a propriedade dos inimigos (2Rs 25,12; Jr 39,10; 52,16). Nada sobrou do que havia antes, a não ser a própria vida, nua e crua, privada de todos os seus enfeites. Eles já não passavam de um pequeno grupo étnico, sem autonomia política, perdido no meio de um imenso império. E diziam: “Deus me abandonou, o Senhor se esqueceu de mim!” (Is 49,14) E rezavam: “Onde está, Senhor, o antigo amor, que, por tua fidelidade, juraste a Davi?” (Sl 89,50) Deus, onde estás? (cf. Sl 42,4.11).

Assim eles diziam. E nós, hoje, neste cativeiro do coronavírus, às vezes, dizemos a mesma coisa com palavras diferentes: “E Deus nisso tudo? Será que Ele nos abandonou? O que fizemos de errado para receber um castigo tão grande com tantas mortes no mundo inteiro? Adianta rezar? Deus parece que nem escuta mais a gente”.

4. A Lamentação descreve a escuridão

A terceira lamentação da Bíblia é um retrato da situação do povo no cativeiro da Babilônia. Eles estavam aí sem rumo e sem esperança, num beco sem saída, e sem uma fé que pudesse orientá-los. A imagem de Deus que transparece no lamento parece de um deus que só quer castigar e não oferece amor, nem desperta adoração. Era esta falsa imagem de Deus que impedia o povo de opinar corretamente sobre a tragédia do cativeiro. Por isso, muitos se acomodaram, abandonaram a fé em Deus e aderiram aos deuses do mercado do rei Nabucodonosor, rei da Babilônia, o dono do mundo.

É trágica a afirmação do profeta Isaías que dizia a respeito dos que adoravam os ídolos: “Sua mente enganada os iludiu, de modo que eles não conseguem salvar a própria vida e nem são capazes de dizer: “Não será mentira isso que tenho nas mãos?” (Is 44,20). E um salmo repete o mesmo: “Ele se enxerga com um olhar tão enganador que não descobre, nem detesta o seu pecado” (Sl 36,3; cf. Os 5,4; Jr 6,15; Rm 1,18). Uma coisa era certa para os profetas: enquanto o povo não tomasse consciência desta falsa imagem de Deus, nada aconteceria e o cativeiro continuaria machucando o povo, sem esperança de libertação!

Hoje acontece algo semelhante. Muitos de nós, imunizados pela propaganda oficial, somos incapazes de descobrir as falsas ideias, que nos impedem de enxergar a verdade sobre nós mesmos e sobre a pandemia. E fica a pergunta: Como descobrir e expulsar a falsa imagem do deus do mercado que, sem a gente se dar conta, entrou em nós? Qual o caminho?

5. Caminhos pelos quais o povo procurava sair do cativeiro da Babilônia

Em 538 a.C., Ciro, rei da Pérsia, derrotou o rei da Babilônia e tornou-se o novo dono do mundo. Ele decretou o retorno dos exilados: “Voltem para Jerusalém, na terra de Judá, para reconstruir o Templo de Javé, o Deus de Israel. Ele é o Deus que reside em Jerusalém” (Esd 1,3). Com este decreto de Ciro terminou o cativeiro da Babilônia que tinha durado quase cinquenta anos (587 a 538). Mas foi um retorno lento. Havia vários grupos e tendências entre eles. Era como hoje; nem todos pensavam do mesmo jeito. Eis alguns dos grupos ou tendências do tempo da Bíblia:

  1. A grande maioria adotou os ídolos do império persa. De fato, o que mais transparece nos escritos proféticos daquela época são as contínuas denúncias do perigo dos ídolos (Is 44,9-20; Bar 6,1-72; Sl 115,4-8).
  2. O grupo de Zorobabel considerava a época dos Reis como o modelo a ser imitado. Zorobabel era um descendente da família (Esd 2,2; 3,2). Eles voltaram logo para a Palestina e queriam refazer tudo do jeito que tinha sido na época dos Reis. Não queriam mudança nenhuma.
  3. O grupo de Esdras e Neemias. Este grupo nasceu e cresceu lá mesmo na Babilônia entre os exilados. Eles não queriam voltar ao tempo dos reis e achavam que o povo devia aceitar o jugo do rei estrangeiro e colaborar com ele (Br 2,21.24; Jr 27,6-8.12.17; 42,10-11), mas, ao mesmo tempo, devia manter sua identidade como povo de Deus: povo distinto e separado dos outros povos. Por isso insistiam na observância da Lei de Deus (Esd 7,26; Ne 8,1-6; 10,29-30) e na pureza da raça (Esd 9,1-2). Não insistiam no retorno de todos para a Palestina, mas sim na reconstrução de Jerusalém e do Templo como símbolo de união para todos os judeus dispersos pelo mundo inteiro (Ne 2,1-8). O próprio Neemias veio da Babilônia para Jerusalém e, doze anos depois, voltou para a Babilônia (cf. Ne 5,14; 13,6-7).
  4. Os discípulos de Isaías. Estes procuravam animar o povo na fé de que Yhwh, o Deus do povo, continuava presente no meio deles (cf. Is 40,6-11.27-31; 41,8-14; 43,1-5; etc). E eles se perguntavam: “O que será que Deus nos quer ensinar por meio desta tragédia? ” Eles reliam a história do passado em busca de uma luz que os ajudasse a redescobrir sua missão como povo de Deus no novo contexto mundial.

Nos séculos seguintes, (1) o grupo da grande maioria que adotou a religião dos poderosos diluiu-se no império. (2) O grupo de Zorobabel da restauração da monarquia desapareceu. Eram conservadores. Não tiveram futuro. (3) O grupo de Neemias e Esdras tornou-se a tendência hegemônica. Muitos deles tinham adquirido bons empregos no império da Pérsia, como transparece nos escritos (Ne 2,1-9; Esd 7,11-26; Tb 1,12; Es 2,16; 6,10-11; Dn 3,97). (4) A experiência dos discípulos de Isaías continuou viva, mas como movimento de base; não chegou a ter um reconhecimento oficial. É deles que surge o Decálogo da Esperança que ajudou a eliminar a escuridão do cativeiro e preparou a vinda de Jesus.

E hoje? Hoje também temos várias tendências. Muita gente segue “os deuses” da ideologia do império neoliberal dos séculos XX e XXI. Outros, como Zorobabel, querem manter tudo como está e apoiam o sistema tal qual. Outros, como Esdras e Neemias, tem visão crítica a respeito da situação política, mas não entram na oposição. Aceitam a situação e ficam aguardando, olhando o horizonte político. Hoje há muitos grupos de base que, como os discípulos de Isaías, tentam consertar a convivência humana iniciando uma nova maneira de conviver lá na base. Eles procuram reconstruir a casa, tijolo por tijolo, sabendo que é uma luta a longo prazo.

Frei Carlos Mesters, O.Carm.

Leia nesta quarta-feira, 24 de junho, o segundo capítulo: Dez janelas para ver de perto a recuperação da esperança

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