A Província Carmelitana de Santo Elias convida para a Ordenação Presbiteral e Diaconal que acontecerá neste sábado, dia 4 de agosto, às 10h, na Igreja Nossa Senhora do Carmo, em Belo Horizonte (Rua Grão Mogol, 502). Será ordenado presbítero o Frei Renê Augusto Vilela da Silva, O.Carmo. Serão ordenados diáconos os freis João Paulo Pereira Moraes, O.Carmo., e Paulo Ricardo Ferreira, O.Carmo. O bispo ordenante será Dom José Aparecido Gonçalves de Almeida, bispo auxiliar de Brasília (DF).
Diáconos: ordenados para servir
Frei João Paulo e Frei Paulo Ricardo receberão o primeiro grau do sacramento da Ordem de forma transitória. Os diáconos transitórios são aqueles que recebem o primeiro grau da ordem em função de receberem o segundo: o presbiterado.
O termo “diácono” aparece no Novo Testamento com quatro significados. O primeiro é aquele da linguagem comum: “aquele que serve alguém” (Mc 9,35; Jo 2,5). O segundo é a apresentação de Cristo como servo do Pai (Mc 10,45; Lc 22,27). O terceiro está ligado a todos os cristãos, visto que eles são servos de Cristo e de seu Pai (Jo 12,26; ICor 3,5). O quarto sentido está ligado a um determinado cargo e função na Igreja Primitiva (Fl 1,1; ITm 3,8). Este último significado é aquele que corresponde a origem da ordem do diaconato.
De fato, é no Livro dos Atos dos Apóstolos que São Lucas nos narra os motivos da instituição do ministério dos diáconos. Na passagem de At 6,1-7, nos conta que os doze apóstolos escolheram sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria para se dedicarem a administração e ao serviço da caridade enquanto eles se dedicariam a oração e a pregação da Palavra. Apesar de não figurar a palavra “diácono” neste relato, aparece o nome dos sete primeiros (Estêvão, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau) e, mais tarde, o texto os apresenta pregando a Palavra e batizando (At 6,8-14; 8,5-13). Deve se notar, ainda, a imposição das mãos, acompanhada da oração, realizada pelos Apóstolos sobre os sete escolhidos para o serviço (At 6,6).
Sacerdotes: apóstolos de Jesus
Ao presbítero, a ordenação assinala nele, pela unção do Espírito, um carácter espiritual indelével, configura-o a Cristo Sacerdote e torna-o capaz de agir em nome de Cristo Cabeça. Sendo cooperador da ordem episcopal, ele é consagrado para pregar o Evangelho, para celebrar o culto divino, sobretudo a Eucaristia, da qual o seu ministério recebe a força, e para ser o pastor dos fiéis.
Os sacerdotes ordenados, no exercício do ministério sagrado, falam e agem não por autoridade própria, nem sequer por mandato ou delegação da comunidade, mas na Pessoa de Cristo e em nome da Igreja. Portanto, o sacerdócio ministerial difere essencialmente, não apenas em grau, do sacerdócio comum dos fiéis, para o serviço no qual Cristo o instituiu.
Os sacramentos da Igreja ora são presididos, ora são assistidos (matrimônio) pelos ministros ordenados. Desta forma, para a vida da Igreja e dos fiéis é indispensável que haja homens dispostos a se doar inteiramente ao Evangelho. Por isso, é importante que toda a Igreja reze suplicando ao Senhor que suscite, no coração dos batizados, sinceras e santas vocações ao sacramento da ordem.
Fontes: Arquidiocese do Rio de Janeiro e Comunidade Canção Nova
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