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A 7ª reunião ordinária do Conselho Episcopal Pastoral (Consep), na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), começou com a apresentação do Hino Oficial da Campanha da Fraternidade 2025 , com o tema “Fraternidade e Ecologia Integral”.
A escolha do hino se deu depois de um processo de escolha coordenado pelo Setor de Música Litúrgica da Conferência e aprovado e acompanhado pelos bispos. O arcebispo de Porto Alegre (RS) e presidente da CNBB, dom Jaime Spengler, ressaltou a simplicidade e a força da canção alicerçada na figura e na mensagem de São Francisco de Assis.
Análises de conjuntura social e eclesial
A reunião seguiu com as análises de conjuntura social que buscou compreender o cenário das Eleições Municipais deste ano e a análise de conjuntura eclesial.
O bispo de Carolina (MA) e coordenador do grupo de Análise de Conjuntura da CNBB, dom Francisco Lima Soares, buscou apresentar uma análise da realidade tendo o pressuposto de que as Eleições Municipais são mais um momento de fortalecer a Democracia e discutir o futuro do Brasil.
Como ponto de partida, dom Francisco apresentou o contexto no qual as eleições ocorrem no Brasil. “A Terra está com febre, doente e o Brasil pegando fogo, com a criação a enviar sinais de fumaça. O fogo não é natural. Os biomas e as pessoas sofrem em decorrência de um modelo desenvolvimento equivocado”, reforçou.
A análise apresentou um quadro detalhado do processo eleitoral deste ano. Um dos dados apresentados foi o perfil dos eleitores brasileiros. O país conta com 155.912.680 eleitores em 2024, um aumento de 5,4% em relação às ultimas eleições de 2020. O Sudeste e Nordeste são os maiores colégios eleitorais. As mulheres somam 52,% do eleitorado nacional. Quanto à idade dos eleitores, 12,9% do eleitorado têm entre 16 a 24 anos; 40,% entre 25 a 44 e 31,7% de 45 a 69.
As redes sociais, pontuou o coordenador do grupo de Análise de Conjuntura, se tornaram o novo espaço de consumo de conteúdo, de encontro e de debate. “O fenômeno implica um novo modo de fazer política que aponta para maior deteriorização da Democracia”, apontou.
Por outro lado, dom Francisco Lima reforçou que as eleições podem contribuir para redefinir a agenda pública, o processo de renovação de lideranças e para estimular a cidadania ativa. “As eleições são parte do esteio da democracia. Há a necessária presença da Igreja e da sociedade civil em defesa da Democracia. O Papa Francisco relembrou que a política é nova forma de caridade e que os gestores públicos devem estar a serviço do bem comum”, concluiu.
Caminhar pastoral da Igreja no Brasil
Já na análise de conjuntura eclesial, o responsável pelo Instituto Nacional de Pastoral Padre Alberto Antoniazzi (INAPAZ), dom Joel Portella Amado, apontou que foi a pergunta “Para onde vai o caminhar pastoral da Igreja no Brasil?” que conduziu o olhar para a realidade.
Dom Joel falou da existência de uma crise da esperança e a existência no país de projetos de ser humano, sociedade e Igreja que provocam a divisão. Neste contexto, segundo ele, o que se pede da Igreja é que cada batizado seja um profeta de comunhão. “Temos um pluralismo sim, não sabemos muitas vezes o que fazer, mas é necessário integrar os diferentes e promover o diálogo”, disse.
Ainda de acordo com a reflexão sobre a realidade eclesial, o Jubileu é uma boa perspectiva para a saída para a crise de esperança. Dom Joel reforçou que é necessário promover a “convivialidade” em pequenas comunidades, a iniciação à vida Cristã, o trabalho pelo respeito às diferenças, a criação de estruturas de comunhão pastoral, o aprofundamento da teologia do Povo de Deus e da antropologia da alteridade e da fraternidade.
O arcebispo de Santa Maria (RS) e presidente da Comissão das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE), dom Leomar Antônio Brustolin, apresentou o os passos dados na elaboração do texto das novas diretrizes.
Dom Brustolin disse que foram realizadas as seguintes etapas na construção do texto: escuta dos bispos, escuta de diversas expressões do Povo de Deus, primeira redação do Instrumento de Trabalho, reflexão a partir Conversação Espiritual na Assembleia Geral de 2024, escuta continuada, escuta dos assessores das Comissões da CNBB, apresentação no Consep para definir pontos referenciais das Diretrizes (setembro 2024) e encaminhamento da nova redação par os bispos em janeiro de 2025.
Ele apresentou, para ser avaliada e discutida pelos bispos do Consep, a estrutura em cinco pontos a partir da qual buscarão organizar as novas diretrizes: 1 – Iniciação à vida cristã (Missão e Querigma); 2 – Palavra de Deus na pastoral (formação); 3 – Comunidade de comunidades; 4 – Ação Litúrgica e piedade popular (mistagogia como critério básico); e 5 – Opção pela vida.
Participam da reunião do Consep, a Presidência da CNBB e os presidentes das doze Comissões Episcopais permanentes. Também participam assessores e representantes de pastorais e organismos da Igreja no Brasil. A parte da tarde foi dedicada aos informações das Comissões para a Animação Bíblico Catequética, Comunicação, Cultura e Educação e também o informe do Conselho Econômico da CNBB.
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