Ser catequista é um chamado que toca o coração profundamente. É dizer “sim” a uma missão que ultrapassa o simples ato de ensinar; é um caminho de amor, dedicação e fé. Cada encontro com os catequizandos é uma oportunidade de semear esperança, de apresentar Cristo e seu amor imenso, e de acompanhar os primeiros passos de muitos na vida cristã. Mais do que compartilhar conhecimentos, o catequista é alguém que partilha de si mesmo, que abre o coração para acolher cada criança, jovem ou adulto, com suas histórias, dúvidas e anseios.
Ao olhar para a catequese, não consigo deixar de ver a beleza e a grandeza deste ministério. Lembro-me do início da minha jornada, impulsionado pelo desejo de aprofundar minha fé e de receber os sacramentos. Esse caminho me trouxe até aqui, até o convite para me tornar catequista. Desde então, esse chamado tem sido uma verdadeira resposta de amor. A cada encontro, percebo o impacto desse ministério: o olhar atento de quem descobre algo novo, o brilho nos olhos ao ouvir as histórias de Jesus e o despertar de uma fé que muitos carregam pela vida toda.
Ser catequista é, sobretudo, viver o evangelho na prática. Ensinamos pelo exemplo, pois sabemos que cada palavra, gesto e atitude têm o poder de transmitir a mensagem de Cristo. É um trabalho silencioso muitas vezes, mas cheio de frutos. O catequista é chamado a ser amigo e guia, um porto seguro onde os catequizandos podem encontrar orientação e inspiração para seguir Jesus. E isso não é fácil; é uma entrega diária, muitas vezes acompanhada de desafios. Mas é um desafio que abraçamos com alegria, pois sabemos que estamos contribuindo para a formação de verdadeiros cristãos.
Papa Francisco nos lembra que ser catequista é muito mais do que uma função; é uma vocação, um chamado a viver e espalhar o amor de Cristo. Na catequese, vemos a força de Deus agindo, tocando o coração dos pequenos e dos grandes, transformando vidas e nos tornando testemunhas vivas de sua presença. Cada encontro é uma nova chance de mostrar que Cristo está presente, e cada catequizando é uma alma que encontramos com o mesmo carinho e zelo com que fomos, um dia, acolhidos por Ele.
Seja no primeiro contato com os pequenos que chegam sem muito entender o motivo de estarem ali ou com aqueles que já trilham o caminho da fé, o catequista é aquele que se coloca a serviço, que cultiva pacientemente, acreditando que cada semente plantada trará frutos. Ao ver os jovens retornando à Igreja, envolvidos nas pastorais, sinto a alegria de quem participa de algo maior, de uma obra de amor. E isso é a maior recompensa: ver aqueles que, um dia, foram catequizandos, hoje fazendo parte da missão de evangelizar.
Por isso, continuo dizendo “sim”. Este ministério me molda, me transforma, me ensina a ser um cristão melhor. E, assim, com o coração cheio de gratidão, sigo esta vocação.
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