A internet tem me dado um baile por aqui, mas tudo bem, sou persistente …rs…
No mês de setembro procurei trabalhar com meus catequizandos de Crisma II sobre a Bíblia apenas, deixei o roteiro de lado e segui roteiro próprio…rs… pesquizando na internet encontrei uma lista com as parábolas de Jesus e depois de falar um pouco sobre a origem da Bíblia, o conteúdo numa forma geral, entreguei a lista à eles e pedi que escolhessem uma das parábolas. Depois, fui fazendo uma leitura orante com eles de outras que não foram escolhidas e pedi que fizessem o mesmo com as suas. Nem todos conseguiram seguir os passos da leitura orante, outros tiraram suas dúvidas diante dos colegas, mas o mais importante para mim foi ver que eles passaram a trazer a Bíblia para os encontros sem que eu ficasse a pedir.
Nesta semana, li a mensagem daquela pequena Bíblia, “A Bíblia e o celular”, e na medida que ia falando qual “número” discar eles iam procurando e encontrando, familiarizando mais e mais com sua “espada”! Alguns queriam ler, outros esperavam para que eu lesse… o tempo passou rápido e não deu tempo para encerrar o assunto. Então, próximo encontro, vou entregar as “biblinhas” para eles e também um trabalho, uma “simulação de situação” para que eles possam resolver usando seu instrumento de batalha! …rs… segue abaixo o texto que formulei:
Já vimos como a Bíblia é importante em nossa vida, no nosso dia-a-dia… Ela é fonte de vida, alimento para nossa alma, lâmpada para nossos pés, um verdadeiro “guia de sobrevivência”!
Abaixo, segue uma “simulação” de uma situação, onde os personagens e cidades são fictícios, mas a situação é bem real na vida de muitas pessoas, sua missão é, usando a Bíblia como instrumento, guiar a pessoa para um porto-seguro, onde ela possa se sentir segura e acolhida. Vamos lá então?!
Então, baseado no que aprendemos sobre a Bíblia, aceite esse desafio:
1. “Paulinho, um rapaz de 15 anos, mora na cidade de Azul Celeste com seus pais e sua irmãzinha de 7 anos. Na mesma rua moram seus tios e avós, a família toda por perto, e Paulinho também tem muitos amigos no seu bairro e escola. Mas nos últimos dias, ele anda triste, angustiado e confuso, mas não sabe bem o motivo, talvez seja o futuro que o preocupe… Mas a tristeza tem deixado seus dias mais difíceis.”
O que você diria ele, para fazê-lo sentir-se melhor?
2. “Suzana é filha de pais divorciados, mora na cidade Luz Calma com seu pai e tem 14 anos. Seu pai trabalha durante o dia todo e fica com ela a responsabilidade de cuidar da casa e fazer comida para eles. As tarefas mais pesadas como lavar roupa e fazer faxina na casa, sua vizinha é quem faz. Ela estuda no período da manhã e tem a tarde toda para fazer suas tarefas, ajeitar a casa e à noite, faz o jantar que serve para o almoço no outro dia para ela e seu pai. Mas pouco ela tem feito, chega da escola, almoça e logo vai para a internet ou sai com uma amiga da escola, chega em casa antes do pai e prepara o jantar. A vizinhança tem falado muito mal dela, e muitos dos comentários chegam aos ouvidos do pai, que cansado, lhe dá uma bronca e vai dormir, ela responde, grita com seu pai piorando a situação. O diálogo é pequeno entre eles, e um abismo vai se criando. Parece que seu pai não lhe entende, e ela muito menos entende seu pai.”
Você, vendo toda situação, decide conversar com ela… o que você lhe diria?
3. “Aninha não aguenta mais sua vida, na pequena cidade de Pequenópolis… ultimamente tudo tem dado errado: está com problemas na escola, seus pais trabalham o dia todo e pouco lhe dão atenção, sua “melhor” amiga insiste que ela seja cúmplice nas coisas erradas que anda fazendo e ainda por cima precisa cuidar de seus dois irmãos que não lhe dão sossego! Mal consegue estudar… Parece que não há esperança em dias melhores e muitas são as “bobagens” que lhe passam pela cabeça.”
Xiiiii… parece que Aninha tá numa pior, como você poderia lhe devolver a confiança de que a vida vale a pena?!
4. “Na agitada cidade de Tanta Coisa mora um rapaz de 15 anos chamado Rafael. Ele tem vida tranquila, estuda em bom colégio, seus pais trabalham e tem bom salário lhe garantindo todas as suas “necessidades” e muito mais. Ele tem toda liberdade, e nos finais de semana pouco quer ficar junto de sua família, quer mais é aproveitar tudo o que uma cidade grande e agitada pode oferecer e sua mesada comprar. Não está nem um pouco preocupado com o dia de amanhã e muito menos com a opinião dos outros. Já se sente dono de sua vida, embora sustentado ainda pelos pais. Vai a catequese por imposição da família, já que seus avós são muito religiosos, mas nada quer com isso. O que ele “precisa” está em outro lugar.”
Vendo este garoto sendo “consumido” pelo que o mundo oferece, você sendo um(a) jovem amadurecido na sua fé, acha que ele precisa “por os pés no chão” e decide conversar com ele. O que você lhe diz?
5. “Priscila, 16 anos, mora com seus avós desde os 8 anos. Seus pais trabalham em outro país e vem visitá-los uma vez ao ano. Eles tentaram levá-la para lá com eles, mas ela preferiu não deixar os avós e amigos da pequena Gente Amiga, uma cidade tranquila e bem cuidada. Mas essa decisão não tem sido fácil para ela, que enfrentou dificuldades na escola e agora, na adolescência, vê muitas mudanças acontecerem com seu corpo e seu jeito de pensar. Os avós a tratam com muito amor, mas ultimamente não sido suficiente… ela sente-se abandonada por tudo e por todos, mesmo sabendo que as pessoas de quem precisam a querem muito bem. Tem sido difícil dizer o que sente para a família e ela não tem certeza se pode confiar em seus amigos, afinal, eles são tão jovens quanto ela. Ela sente-se perdida e à essas alturas, não sabe a quem recorrer.”
Você saberia lhe indicar o caminho? A quem recorrer? Com que palavras o faria?
6. “Diana anda com a cabeça “a mil”! Está preocupada com o próximo ano escolar, afinal já está terminando o segundo grau e quer prestar vestibular logo em seguida, para não “esfriar” dos estudos. Mas não sabe ao certo qual curso escolher, em que universidade tentar entrar, se vai ter que morar longe de Perfumada, a cidade que tem sido sua casa desde os 5 anos de idade, ou fazer um percurso longo todos os dias. Também pensa na hipótese de trabalhar já que não quer deixar tudo nas costas dos pais. Pensa também se vai ter pessoas conhecidas para onde vai e se vai se enturmar fácil. Essas dúvidas todas a tem deixado nervosa e irritadiça, a fazendo muitas vezes descarregar em seus amigos e família. Até o sono ela perde as vezes!”
Vixe! Parece que essa menina não desliga a cabecinha um minuto sequer! E agora, como você ajudaria ela com tudo isso?
7. “Carlos sente-se consumido pelo que as pessoas tem falado dele e para ele. Parece que a atenção toda está voltada pra ele apenas e o peso das palavras que ele tem ouvido está cada vez mais se tornando um fardo difícil de carregar. Tudo bem que ele erra algumas vezes, ok, a maioria delas, mas não é fácil para um jovem de 14 anos acertar em tudo! Ele muitas vezes sabe o que é certo e errado, mas na hora de escolher, acaba indo pro lado errado, afinal, Carminda é cidade cheia de opções… mas ele tem tentado fazer as coisas certas, já que percebeu que suas atitudes não tem agradado à maioria das pessoas que realmente são importantes em sua vida. O problema é que depois de tanta coisa errada que fez, as pessoas não conseguem enxergar o que ele tem feito de bom, e ele se sente cada vez mais injustiçado.”
E agora, que palavras você teria para nosso amigo Carlos?
8. “Cláudia, moradora da cidade de Amora, tem 14 anos e mora com sua mãe e seu pai, seus irmãos mais velhos são casados. Ela sente feliz, mas tem algo sempre faltando e ela simplesmente não sabe o que é! Estuda e tem amigos, se dá bem com a família, comida, roupas e abrigo não lhe faltam, mesmo sendo tudo muito simples, ela não reclama, pois sabe que seu pai dá duro no trabalho e sua mãe, além de cuidar da casa e da família, ainda faz algumas costuras para complementar o salário do marido. Ainda assim, alguma coisa lhe falta. Ela até vai a missa, raras vezes é claro, e também raramente lembra-se de ler a Bíblia ou fazer orações…”
Cláudia parece ter tudo e ao mesmo tempo nada… é assim que ela se sente. Você com certeza sabe de algo que poderia fazê-la sentir-se preenchida, realizada… fale para ela então!
Então pessoas queridas, é isso! Mas antes de encerrar e deixar beijo, deixa eu contar algo pra vocês: Hoje perguntei na catequese, se eles estavam “mais pra Deus” ou “menos pra Deus” – já que no começo do ano, muitos disseram que não sabiam direito no que acreditar, que a fé era pouca e tinha até os que não acreditavam mesmo – e eles responderam que agora, estavam “mais pra Deus”! Que entendiam que fé não é questão de ver, por a mão… fé é acreditar sem ver e deram o exemplo de Tomé que queria ver para crer… ai, tão amadinhos esses meus danadinhos, ganhei o dia, a semana, mês e ano… que por sinal está no fim!!!
Agora sim, beijo no ? de cada um de vocês! Sinta-se abraçados por Deus!!!
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